domingo, 11 de outubro de 2015

A importância da familia

A doença tem um forte impacto sobre todo o sistema familiar, desde a sua estrutura, os recursos materiais e o seu funcionamento, razão pela qual os pais precisam de apoios médicos, psicológicos sociais e educativos. O internamento, pode também ter um impacto os outros irmãos. Com a ausência de um dos pais, os irmãos ficam com mais responsabilidades e recebem menos atenção, podendo aumentar a preocupação e os níveis de stress da família. Por meio desses problemas que a família toda pode sofrer de formas diferentes deverão existir programas de intervenção educativa, adaptando a família a própria doença atingindo os seguintes objetivos : informar todos os membros e familiares sobre o estado de saúde da criança, sempre que necessário solicitar o apoio psicológico, procurando controlar os fatores de stress de família, pondo em evidencias os sinais de melhora do doente, procurando envolve-los nos cuidados relevantes para a recuperação do mesmo e promovendo a autoestima, quando necessário solicitar apoio sociais, no sentido de garantir as condições ambientais para uma boa convalescença, ensinar a família a lidar com a doença e adaptar-se as mudanças no estilo de vida exigido pelas circunstâncias em que a criança se encontra. Se possível, deixar bem claro o que a criança deve e pode fazer, não só em casa como na escola, quando retornar a frequência escolar, comentar e apoiar a comunicação intra- familiar e ilustrar os modelos de conduta que podem ser uteis para a recuperação e manutenção da saúde da criança no contexto familiar e a organização familiar.

Tudo isso nada mais é do que dar um base e um apoio a família que fica tão fragilizada com tudo o que está acontecendo com a criança que muitas vezes acaba adoecendo e acaba que não aceitando a doença que a criança tem se sentido culpada por tudo aquilo que está acontecendo com o seu filho. Por isso o apoio de uma equipe medica para família e fundamental para todo os desenvolvimento da doença da criança, porque se os pais passam tristeza as crianças recebem, por isso temos que cuidar tanto da família quanto da criança para todos ficarem bem e para o fim da doença.
As classes hospitalares e seu funcionamento

Um levantamento feito pela Secretaria da Educação em agosto, mostra que existem 50 classes na pedagogia hospitalar em funcionamento. Este numero consiste em 31 classes em hospitais na capital de São Paulo e outras 19 em hospitais no interior do Estado.
Que são divididos da seguinte maneira:

Capital:

  • Santa Casa de Misericórdia de São Paulo- 04 classes
  • Hospital Auxiliar do Cotoxó - 01 classe
  • Hospital Darcy Vargas - 08 classes
  • Hospital do Servidor Público Estadual - 02 classes
  • Hospital das Clínicas de SP - 04 classes
  • Hospital Emílio Ribas - 03 classes
  • Hospital Incor - 02 classes
  • Hospital A.C. Camargo - 02 classes
  • Hospital Infantil Cândido Fontoura - 01 classe
  • Hospital Antônio Prudente - 02 classes
  • Hospital São Paulo - 02 classes
No Interior:

Jaú

  • Hospital Amaral Carvalho - 02 classes
Botucatu
  • Hospital Unesp - 02 classes
Lins
  • Hospital CAIS  Clemente Ferreira - 02 classes
Araçatuba
  • Santa Casa de Misericórdia de Araçatuba 01 classe
Marília
  • Hospital das Clinicas - UNESP - Marília - 01 classe
Barretos
  • Fundação Pio XII - 01 classe
Ribeirão Preto
  • Hospital das Clínicas - 10 classes

Dados fornecidos pela pasta mostra que estas classes faz cerca de 500 atendimentos mensais. Cada uma das novas unidades têm capacidade para atender 15 alunos por período.
De acordo com a legislação Estadual , as aulas são aplicadas para alunos com permanência hospitalar superiores a 15 dias corridos. Durante o período de internação é dado a continuidade ao conteúdo pedagógico desenvolvido pela escola de origem do aluno. E havendo necessidade os professores podem aplicar as provas e avaliações escolares no ambiente hospitalar.
Desta maneira a classe hospitalar facilita o retorno e sua integração ao grupo escolar após sua alta médica.
Hoje a partir de novas pesquisas conta-se com o número de classes hospitalares de 74 hospitais, que estão distribuidas em 13 estados e no Distrito Federal.
Contando com a efetivação de 140 professores que atendem uma media de 2.100 crianças e jovens por mês.
Essas classes são planejadas para favorecer a continuidade do desenvolvimento e do conhecimento desses alunos, respeitando as capacidades e necessidades educacionais especiais de cada indivíduo.
A necessidade da pedagogia hospitalar se dá por meio das interferências que ocorrem com essas crianças hospitalizadas, que passam a sentir dores, intervenções medicas e cirúrgicas, indisposições, emoções, angústia e solidão. E isso tudo pode levar ao fracasso escolar.

Benefício que o método aplicado na Pedagogia Hospitalar abrange


A Pedagogia Hospitalar, através de seus profissionais, abre espaços, até bem pouco tempo não utilizados pelo sistema educacional, modificando a ideia de que a educação formal só acontece na escola. Esse entendimento traz benefícios às crianças e adolescentes internados relativos à saúde física, mental e social, por permitir ações que possibilitem:


A comunicação afetiva como caminho de superação às dificuldades enfrentadas pelas crianças doentes;
O olhar da criança para o ambiente hospitalar, não como lugar de dor e angústia, mas também de aprendizado;
Não interromper com o processo de escolaridade;
A construção de espaços de convivência coletiva entre filhos, familiares, estudantes e professores (Não isolamento) - classes hospitalares e brinquedotecas;
O reestabelecimento das relações sociais;
A restauração da autoestima, comprometida por causa de medicamentos, dor e angústia;

O vínculo que o paciente-aluno mantém com o mundo exterior. 






sábado, 10 de outubro de 2015

Legislações que abrangem a Pedagogia Hospitalar

" Sua base legal "
A importância da classe hospitalar já é reconhecida legalmente por meio do estatuto da criança e do adolescente hospitalizado resolução nº 41 de outubro de 1995, que em seu item 9 trata do direito de desfrutar de alguma forma de recreação programas de educação para a saúde, acompanhamento do currículo hospitalar durante sua permanência hospitalar. Ate então as classes hospitalares eram administradas pela constituição Federal de 1988 e pela LDB 9.394/96 apenas com base na ideia de que a educação é para todos.
A legislação brasileira, diz que os hospitais devem oferecer as crianças e aos adolescente um atendimento educacional de qualidade que permite o desenvolvimento intelectual e pedagógico bem como o currículo escolar, mas infelizmente ainda hoje esse direito assegurado em lei não se tornou realidade em muitas localidades.
Atualmente, poucos hospitais tem estruturas para atender os pacientes em ambiente adequado para o fazer pedagógico.
A maioria dessa ausência se da a falta de profissionais tanto da área de saúde quanto da pedagogia. 
A proposta da classe hospitalar e respeitar a continuidade do desenvolvimento da criança doente pela educação a ela proporcionada ou seja, toda criança tem direito a uma educação de qualidade.


Brinquedoteca hospitalar

A lei federal nº 11.104 de 21 de março de 2005, torna obrigatória a implantação da brinquedoteca nos hospitais brasileiros.
As  brinquedotecas tem o objetivo de humanizar a saúde, é um espaço que ajuda a diminuir, os efeitos das doenças e seus tratamentos, pois dentro dessas brinquedotecas são desenvolvidos diversas atividades que ajudam no desenvolvimento da criança (motor, cognitivo e psicossocial) como os jogos, as brincadeiras assim promovem também a socialização dessas crianças.
A criança hospitalizada em contato com esse espaço lúdico, ajuda a melhorar o seu quadro de tratamento, pois o ato do brincar, de compartilhar momentos de alegria e o seu desenvolvimento com outras crianças proporciona uma nova realidade, dando novamente cor a vida dessas crianças.
A criança quando hospitalizada é retirada do seu ambiente, é afastada dos seus amigos, da sua família, dos seus brinquedos e escola, prejudicando assim o emocional delas. Por isso que a brinquedoteca é um ambiente saudável que possibilita a imaginação e a fantasia sabe-se que é através do brincar que a criança libera suas emoções, o ato de pintar, desenhar podem ajudar a criança a manifestar seus medos, e angustias. 
Os pais devem interagir com seus filhos, nas brincadeiras e jogos para aliviar o sofrimento e a tensão que sentem no processo de tratamento. O lúdico da prazer a criança e traz de volta a vida.






Brinquedoteca do GRAACC




Introdução / Conteúdo

A pedagogia hospitalar originou-se na França em 1935 pelo ministro da saúde Henri Sallier, que tinha a preocupação com as crianças que estavam afastadas da escola, logo a ideia se espalhou pela a Alemanha, Estados Unidos e se espalhando por toda a Europa em 1939 devido os números de crianças atingidas pela Segunda Guerra Mundial.
            No Brasil inicialmente era somente para tratar de crianças com deficiência física na casa de misericórdia de São Paulo por volta de 1931.
            As Classes hospitalares tiveram início em 1950, para tratar de crianças com poliomielite no hospital Municipal Menino Jesus no Rio de Janeiro onde atua até os dias atuais.
O principal objetivo da pedagogia hospitalar é que a criança tenha qualidade de vida, apesar da doença, que a criança passe pelo hospital sem traumas, trabalhando sua autoestima e recebendo estímulos.
            Uma criança que não recebe estímulos intelectuais pode ter problemas de memória, concentração, coordenação motora e linguagem além de regressão de áreas do sistema nervoso central, as grandes quantidades de remédios podem desencadear os problemas acima relacionados.
            Nas interações sociais a emoção é altamente contagiante. Isso significa que uma pessoa triste é capaz de entristecer quem estiver ao seu redor. Em um ambiente hospitalar, as emoções podem ter consequências mais intensas do que em outras situações.
            Contanto o pedagogo que se interessa em trabalhar com a pedagogia hospitalar deve ser alegre e positivo para transmitir para as crianças, pois é importante se sentirem confiantes.
            Para o médico e filósofo francês Henri Wallon a emoção e a base da inteligência humana e a partir dela se adquiri o principal vínculo com as outras pessoas.
            O filósofo russo Lev Vygotsky fala dos benefícios adquiridos com o uso de brinquedos, as crianças conseguem contextualizar objetos e dar novos significados, trabalhando assim sentimentos que muitas vezes não se sabe expressar, mas trabalha-se com o ato do brincar.
            Vygotsky e Wallon acreditavam que a criança constrói seu conhecimento por meio da relação com outras pessoas. O que se aprende durante a fase infantil é por meio da interação com o outro.
            A criança hospitalizada está privada de suas relações sociais, o que teoricamente atrapalharia a construção de seu conhecimento. Por consequência é muito importante socializa-la com o máximo de pessoas possíveis. Também faz parte da pedagogia hospitalar oferecer a criança e a seus familiares informações e meios de lidar com a própria doença.