Relatório
Fizemos
uma visita técnica no HICF ( Hospital Infantil Cândido Fontoura ) no dia 19 de outubro de 2015, localizado na Rua: Siqueira Bueno, 1757 - Água Rasa.
O
hospital atende crianças e jovens até os 18 anos de idade incompletos, e existe
1 classe hospitalar, que é dirigida pelas professoras Cidinha Roveran e Meire
Gatti.
A
visita teve início com uma palestra que durou de 3 horas pelas duas pedagogas,
onde nos explicou como funciona a classe hospitalar desta instituição.
O
hospital atende uma média mensal de 23 crianças e adolescentes, porém seu
público alvo são as crianças. O hospital não possui as especialidades de
Oncologia e Ortopedia.
A
classe hospitalar foi implantada no HICF em 29/07/2003, por meio da parceria
das Secretarias da Saúde e Educação / Estadual ou Municipal.
As
pedagogas nos explicaram que alguns hospitais contratam os educadores como
recreacionistas.
A
rotina de uma classe hospitalar é basicamente o ensino, e o que muda de uma
instituição para outras, são as regras internas de cada hospital e deve garantir
vínculo com as escolas por meio de um currículo flexibilizado para dar
continuidade ao aprendizado.
A
classe hospitalar foi embasada na LDB em novembro de 2003 pelo Governador José
Serra.
Na
legislação consta que o paciente que dá entrada nos hospitais que possuem
classes hospitalares com alguma patologia grave e permanecem internados só
podem começar a fazer parte da classe hospitalar após 15 dias de internação.
Porém as professoras nos disseram que passados 7 dias de internação, as
educadoras consultam o censo hospitalar e sendo liberadas pelos médicos estas
crianças já podem começar a frequentar a classe ou serem atendidas nos leitos,
dependendo da sua patologia.
A
pedagogia hospitalar deve respeitar os horários do hospital, como ex: café,
banho, medicação.
O
pedagogo é inserido dentro do contexto hospitalar e não ao contrário.
Os
pedagogos hospitalares devem ser preparados para lidar com as diversidades
étnicas, religiosas, hábitos e valores. Além de vivenciar diferentes estágios
da doença, o afastamento do convívio do lar e procedimentos invasivos e
dolorosos. Devem ouvir com sensibilidade, equilíbrio, transmitir afeto e
alegria.
Pedagogos que se dispõem a trabalhar com a pedagogia hospitalar devem ter um controle psicológico para lidarem com as perdas, pois a categoria não disponibiliza suporte psíquico para esses educadores como um amparo para prosseguirem firmes com outros pacientes.
No
HICF, as pedagogas nos explicaram que os atendimentos feitos nos leitos é feito
com livros e notebooks, quando a família pode levar, pois o hospital possui
apenas 1.
Quando
a criança pode sair do leito, ela vai até a classe hospitalar e lá existem computadores e podem fazer diversas tarefas, como: pinturas, leituras, jogos e
também dar continuidade aos seus conteúdos escolares pela internet ou provas
aplicadas pelas pedagogas, porém formuladas pelas escolas de origem dos
pacientes, dando continuidade ao seu aprendizado.
Não
existe uma rotina de currículo, pois todos os dias essas crianças sofrem
alterações significativas que as impedem de dar continuidade nas tarefas.
Por
este motivo os professores devem ser criativos e manter-se sempre atualizados.
A
pedagoga hospitalar deve manter contato telefônico com as escolas para
solicitações dos conteúdos e fazer um relatório descritivo pós alta para a
escola. Também fazem um relatório mensal das crianças atendidas para entrega na
Diretoria do hospital.
As
crianças que não estão matriculadas na escola e ficam internadas, são atendidas
na brinquedoteca, se permanecerem por muito tempo, são encaminhadas pelo
serviço social do hospital que entram em contato com o conselho tutelar para
regularizar a situação de matrícula destas crianças.
O
Hospital Infantil Cândido Fontoura é referência no atendimento de crianças
violentadas e que sofrem maus tratos.
Os
pedagogos não possuem acompanhamento psicológico, e também não podem solicitar
uma parceria desta especialidade em sala de aula. Se necessário o
acompanhamento psicológico para os pacientes alunos, deve ser pedido por outro
médico da equipe que acompanha o paciente.
O
HICF também possui pacientes moradores que não tem condições de voltar para
casa. O caso mais intrigante foi o de um
garoto que morou no hospital durante 8 anos.
Estes
pacientes moradores só saem do hospital quando se tornam crônicos e são
encaminhados para outros hospitais com mais infra estrutura para liberarem vagas ou quando vêm a falecer.
Ficamos
sabendo que professores efetivos/concursados não podem atuar na classe
hospitalar.
O
HICF conta com a ajuda de um grupo que se chama: Viva e deixe viver. Esse grupo
é como os palhaços da alegria, que utilizam diversas linguagens, como: música,
dança, teatro, jogos e pinturas para transmitir um pouco de alegria à este momento delicado para a criança.
Algumas imagens para esclarecer o trabalho realizado no hospital.
Agradecemos as professoras atenção e as elucidações dadas a nós.
Essa visita foi pre agendada e o hospital disponibiliza duas vezes ao ano.
Segue contatos:
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